Com 20 metros de comprimento e 340 toneladas, o Perucetus colossus, nome científico para a baleia colossal, viveu há 30 milhões de anos, período em que o deserto na costa do Peru ainda era coberto pelo que se conhece hoje como Oceano Pacífico.

Vértebras do animal foram encontradas em 2010, por um grupo internacional de cientistas. A baleia pertencia à família dos Basilosauridae, os primeiros cetáceos (grupo de mamíferos que também inclui os golfinhos).

Atualmente, o maior animal conhecido é a baleia-azul, que pode ultrapassar 20 metros de comprimento e 150 toneladas.

Apesar do tamanho, o animal teria uma cabeça pequena em relação aos animais conhecidos atualmente. No P. Colossus, a cabeça não chegava 10% do seu peso total, enquanto que essa parte do corpo representa cerca de um terço da massa das maiores baleias contemporâneas. No entanto, a informação precisa ser confirmada em estudos futuros.

Em entrevista à Veja, o autor sênior do artigo publicado na Nature, Eli Amson, do Museu Estadual de História Natural de Stuttgart, na Alemanha, afirma que há teorias apontando que o animal era um necrófago, que se alimentava de carcaças subaquáticas de algum outro gigante.

As vértebras encontradas estão em uma exibição temporária no Museu de Lima, capital do Peru.

Os estudos devem continuar em busca de mais informações e de outros animais.

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