Sob a ótica de que visão que a gestão municipal anunciou  o “MAIOR PROGRAMA DE MOBILIDADE URBANA QUE SÃO LUÍS JÁ VIU”?

O anúncio aconteceu no ato em que o gestor lançou o controverso Programa Trânsito Livre. Importante acentuar que se tem uma causa que não tá nada bem é justamente a Mobilidade Urbana.

A mobilidade urbana de uma cidade não pode ser somente fazer o rico chegar mais cedo em seu trabalho. Se isso for, o inquilino do Palácio Lá Ravardie caminha para concluir com sucesso a sua missão.

Se afastando um pouquinho das redes sociais do prefeito temos um resultado inversamente proporcional ao Maior Programa de Mobilidade Urbana Que São Luís Já Viu.

Mobilidade sem ônibus.

Mobilidade sem bicicletas e outros transportes limpos.

Mobilidade sem enxergar as pessoas.

Mobilidade que massacra os motoristas de app. 

Nunca o sistema de transporte público na capital maranhense foi tão cruel com o usuário e tal quanto com os rodoviários e tão complacente com os empresários.

A conta é simples. Os subsidios enchem o bolso dos empresários do transporte públicos e esses tiram comida da mesa dos trabalhadores. Para fechar a equação, tem o usuário, o trabalhador, que paga uma passagem caríssima para usar um ônibus precário, correndo riscos o tempo todo. 

Trânsito livre? Para quem? Por duas vezes, na intervenção do Caolho e do Calhau (Golden Shopping), o prefeito prometeu ciclovia nas duas regiões.

O que acontece é que esse macro programa de mobilidade urbana não contempla os ciclistas.

Nem no Caolho. Nem no Calhau. Em nenhum desses locais – apesar da promessa e propaganda – recebeu uma ciclovia. Este último, após as cobranças deste que vos subscreve, do programa Xeque-Mate e agora pelo ojogodopoder.com, a secretaria de obras começou a pintura da calçada do shopping da região. 

O resto da cidade nem precisa de comentários para dizer que também não há planejamento nenhum para o incentivo de outros modais de transporte.

O Trânsito Livre apresentado é um sinal vermelho para o pedestre. Em vários pontos da cidade o sinal fica verde para todos, menos para o pedestre que tem que correr riscos mesmo utilizando a faixa indicada para fazer a travessia de um lado para o outro da avenida, ou rua. A cidade continua privilegiando os carros, o mais forte no trânsito.

Outros, que na sua gênese tem como dever contribuir para a mobilidade urbana, estão sendo massacrados pela “política” de mobilidade urbana. O cartão de visita para os motoristas de app feito pela secretaria responsável pelo trânsito são multas a partir de R$ 800, segundo denúncias recebidas pelo programa Xeque-Mate.

O transporte por aplicativo poderia incentivar aquele que tem carro e mora perto do trabalho, utilizar e deixar o seu carro em casa, contribuindo (com sua parte) para a mobilidade urbana da cidade.

A política para esse vetor importante de gestão de uma capital, portanto, é quebrar canteiros.