Na última terça-feira (7), o julgamento de Júnio Oliveira de Sousa foi concluído, resultando em uma condenação de nove anos e quatro meses de prisão por tentativa de homicídio contra sua ex-companheira. O magistrado responsável pelo caso foi o juiz Alexandre Sabino Meira, titular da 5ª Vara de Balsas, e a pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado.

De acordo com as informações do inquérito policial, em 13 de maio do ano passado, Júnio Oliveira de Sousa ameaçou Lígia Raquel Sousa Nascimento e tentou tirar sua vida, utilizando um pedaço de madeira como arma.

A polícia apurou que a vítima vinha tentando se separar do acusado há algum tempo, enfrentando ameaças de morte por parte dele, caso ela seguisse adiante com a separação.

Dias antes do trágico incidente, Lígia viajou para Teresina (PI) para celebrar o Dia das Mães. Essa ausência aparentemente desencadeou um comportamento perturbador por parte de Júnio, que ligava insistentemente para ela, fazendo ameaças.

No retorno da vítima a casa, ocorreu uma série de eventos assustadores. Júnio xingou Lígia, ameaçou matá-la se ela demorasse novamente e, em um momento anterior, havia passado o dia fora de casa, retornando alcoolizado. Em certo ponto, ele ligou o som em volume elevado, ouvindo música na sala.

Por volta de 1h30min, irritada pela perturbação, Lígia foi até a sala e desconectou o pendrive da caixa de som. Esse ato desencadeou a fúria de Júnio, que começou a xingá-la. O acusado, então, começou a cheirar gasolina, intensificando sua alteração de comportamento.

Com receio, Lígia foi para o quarto trocar de roupa, planejando sair para dormir na casa de uma amiga. No entanto, ao abrir a porta da frente, foi brutalmente atacada por Júnio, que a atingiu com uma paulada na cabeça. Mesmo ferida, a vítima conseguiu fugir, gritando por socorro, e se escondeu em uma área escura, de onde chamou a polícia.

Durante a fuga, Lígia ouviu Júnio ameaçando encontrá-la e matá-la. O Conselho de Sentença, por maioria de votos, reconheceu a qualificadora de que o crime foi cometido em razão da vítima ser do sexo feminino, agravando ainda mais a gravidade do caso.