A Escola Upaon-Açu recebeu com otimismo a recomendação do 2º promotor de Justiça de Defesa da Educação (MPMA), Lindonjonson de Sousa, ao Tribunal de Justiça Desportiva Escolar, solicitando o restabelecimento da participação do time de futsal da instituição nos JEL’s.

A escola divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com a cultura de paz e com a luta antirracista, e se mostrou disposta a colaborar com a apuração de uma denúncia de racismo ocorrida nos Jogos Escolares Ludovicenses (JEL’s), durante uma partida em que a equipe da unidade de ensino participava. 

A comunidade escolar considerou desproporcional e inadequada a decisão da Comissão Disciplinar e Pedagógica dos JEL’s, vinculada à Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (SEMDEL), de suspender a equipe por um período de 180 dias. Já que até o momento, não houve comprovação quanto à autoria do incidente.

Diante da falta de provas e evidências concretas sobre a culpabilidade, a Escola Upaon-Açu recorreu da decisão da Comissão Disciplinar e está buscando garantir, no âmbito esportivo, a permanência da equipe na competição. No entanto, aguarda o julgamento do recurso pelo Tribunal de Justiça Desportiva Escolar, que foi adiado para a próxima sexta-feira, dia 9 de junho, após a audiência inicialmente marcada para o dia 2 de junho.

Veja a nota na Integra:

A Escola Upaon-Açu reitera o compromisso com a cultura de paz e com a luta antirracista, motivo pelo qual empenha esforços para a apuração correta e responsável da denúncia de racismo nos Jogos Escolares Ludovicenses (JEL’s).

A Escola vê com otimismo a recomendação feita ao Tribunal de Justiça Desportiva Escolar pelo 2º promotor de Justiça de Defesa da Educação (MPMA), Lindonjonson de Sousa, a respeito do restabelecimento do time de futsal do colégio aos JEL’s.

A comunidade escolar entende que foi desmedida e inadequada a decisão da Comissão Disciplinar e Pedagógica dos JEL’s, ligada à SEMDEL, de suspender a participação da equipe no campeonato por um período de 180 dias, uma vez que não houve, até aqui, qualquer comprovação a respeito da autoria do fato.

Além disso, a equipe de futsal da Escola Upaon-Açu, assim como as famílias e os colaboradores presentes no Ginásio Costa Rodrigues no dia da partida contra o IEMA Pleno, em 21 de maio, mantiveram-se inteiramente disponíveis e envolvidos no suporte à identificação da autoria do fato que, segundo relato da vítima, partiu da arquibancada. No entanto, nem a vítima, nem a procuradoria e nem as 6 testemunhas ouvidas na audiência do caso perante a SEMDEL souberam identificar quem teria sido o agente da injúria mencionada na denúncia.

Diante da ausência de evidências e comprovações sobre quem, de fato, é culpado, a Escola recorreu da decisão da Comissão Disciplinar e tem buscado, no âmbito desportivo, a garantia de permanência da equipe na competição. Entretanto, aguarda julgamento do recurso pelo TJDE. A audiência, anteriormente marcada para a última sexta-feira (02 de junho), foi adiada pelo TJDE para a próxima sexta-feira, 09 de junho. Durante todo esse tempo, o calendário de competições teve continuidade e, até o presente momento, o time da Escola Upaon-Açu perdeu a possibilidade de participar de dois jogos.

Para além da luta antirracista, que tem sido uma das bandeiras mais fortes da política de inclusão e de transformação social da instituição de ensino ao longo de 40 anos, a Escola Upaon-Açu defende que não se deve relativizar a punição a quem comete práticas racistas e criminosas, desde que sejam comprovadas todas as evidências de culpa para a mais justa e adequada sanção.  A Escola permanece atenta e continuará tomando todas as medidas cabíveis para preservar direitos, promover a Justiça e educar para a paz.