O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) a morte de 121 pessoas durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.

Segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, entre as vítimas estão 4 policiais e 117 suspeitos ligados ao Comando Vermelho.

A ação, que reuniu 2,5 mil agentes, é considerada a mais letal da história do estado. Moradores relataram ter encontrado 74 corpos em uma área de mata na Serra da Misericórdia, enquanto a polícia informou ter localizado 63. Além dos mortos, 113 suspeitos foram presos, incluindo 33 de outros estados.

Durante coletiva, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) classificou a operação como um “sucesso”, afirmando que apenas os quatro policiais mortos seriam “vítimas” da ação.

O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que a estratégia utilizada foi o chamado “Muro do Bope”, cercando e empurrando os criminosos para a mata.

Já o secretário de Segurança, Victor Santos, disse que o “dano colateral foi muito pequeno”, embora o número de mortos tenha causado grande repercussão e levantado críticas de entidades de direitos humanos, que pedem investigação sobre possíveis execuções e abusos policiais.