Israel e o grupo Hamas anunciaram nesta quarta-feira (8) um acordo para implementar um plano de paz na Faixa de Gaza, mediado pelos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia.

O plano, apresentado no fim de setembro pelo presidente americano Donald Trump, marca a primeira fase de um cessar-fogo que prevê a libertação de todos os reféns israelenses sequestrados em 7 de outubro de 2023 e a soltura de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel.

As tropas israelenses também deverão recuar parcialmente de Gaza, enquanto o território receberá um reforço significativo de ajuda humanitária.

De acordo com o plano, a Faixa de Gaza será gradualmente desmilitarizada e administrada por um governo provisório composto por um comitê palestino tecnocrático e supervisionado pelo chamado “Conselho da Paz”, presidido por Trump.

O Hamas e outras facções armadas não poderão participar do novo governo. A proposta ainda precisa ser formalmente aprovada pelo gabinete israelense nesta quinta-feira (9) e prevê a criação de uma força internacional encarregada de treinar a nova polícia palestina.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o acordo como uma “vitória moral” de Israel, enquanto o Hamas agradeceu a mediação dos países árabes e pediu garantias para que os termos do tratado sejam cumpridos integralmente.