Por décadas, o Big Bang tem sido considerado o ponto inicial do nosso Universo — uma explosão cósmica que deu origem ao espaço, ao tempo e à matéria.

Mas um novo estudo publicado na Physical Review D propõe uma ideia ousada: o Big Bang não foi o começo, mas sim o “quique” de um colapso gravitacional anterior.

Nesse cenário, o Universo teria emergido do interior de um buraco negro formado em um “Universo pai” — uma espécie de continuação cíclica e inevitável da física já conhecida.

O modelo, chamado de “Universo do buraco negro”, combina Relatividade Geral com princípios básicos da mecânica quântica, dispensando hipóteses exóticas como campos inflacionários ou energia escura misteriosa.

Em vez de uma singularidade, o colapso da matéria densa é interrompido pelo princípio de exclusão de Pauli, que impede que partículas idênticas ocupem o mesmo estado.

O resultado: um repique gravitacional que gera naturalmente as fases de inflação e expansão acelerada observadas no Universo.

E o melhor: com previsões testáveis, como uma leve curvatura espacial positiva, que futuras missões como a Euclid poderão confirmar.