O que hoje parece comum e indispensável nos lares brasileiros — o chuveiro elétrico — nasceu da necessidade e da engenhosidade de um jovem inventor do interior de São Paulo.

Na década de 1930, Francisco Canhos, morador de Jaú, criou o primeiro modelo do aparelho para ajudar o pai, que sofria de reumatismo e precisava de banhos quentes.

Sem formação acadêmica, Canhos desmontou um ferro elétrico, estudou sua resistência e adaptou o mecanismo para aquecer a água diretamente no cano, dando origem ao primeiro chuveiro elétrico do país.

A invenção logo se popularizou, e a grande inovação veio com a criação do sistema automático, patenteado por Canhos, que acionava a resistência ao detectar o fluxo de água.

A produção em larga escala foi feita na fábrica F. Canhos, em Jaú, que mais tarde também fabricou outros eletrodomésticos.

Apesar do sucesso, a patente foi perdida por descuido e acabou sendo adquirida pela italiana Lorenzetti.

Hoje, o modelo brasileiro de chuveiro elétrico é um dos mais acessíveis do mundo, embora proibido em alguns países europeus por usar resistência exposta.

Ainda assim, quando instalado corretamente e com aterramento adequado, o equipamento é seguro e eficaz para o clima e os hábitos brasileiros.