O vereador Hindemburgo dos Santos (PROS), da cidade de Parnarama, renunciou ao seu mandato na Câmara Municipal depois de ser detido na sexta (5) por agressão e ameaça contra sua esposa.

A situação ganhou destaque quando o vereador Miguel do Tiririca (PP) estava prestes a propor a cassação do mandato de Hindemburgo durante uma sessão na Câmara Municipal.

Foi nesse momento que, através de seu advogado, o vereador acusado apresentou uma carta de renúncia. Essa ação o livrou da cassação iminente, abrindo espaço para uma possível candidatura futura, a menos que haja algum impedimento judicial.

O episódio que levou à prisão de Hindemburgo teve início quando vizinhos do casal relataram à polícia que ouviram gritos de socorro vindos da residência.

A Polícia Militar foi acionada e deteve o vereador na sexta, um dia após receber os relatos.

Na audiência de custódia realizada posteriormente, o juiz Edmilson Lima, que atua na Vara da Família da Comarca de Timon e estava temporariamente respondendo pela Comarca de Parnarama, homologou a prisão em flagrante, porém concedeu a Hindemburgo liberdade provisória.

Apesar de ser libertado, Hindemburgo enfrentou uma série de restrições impostas pelo juiz. Ele teve sua posse e porte de arma de fogo suspensos, foi afastado do lar que compartilhava com a esposa, recebeu ordens para não se aproximar dela e para não manter contato, mesmo que indireto.

A esposa relatou à polícia que o vereador a ameaçou com um revólver, apontando a arma para sua cabeça. Durante a abordagem policial, o vereador escondeu a arma, mas a localização foi revelada pela vítima.

As agressões também foram testemunhadas pela filha do casal, de 19 anos, que entregou às autoridades um simulacro de arma de fogo.

A esposa apresentava lesões nas costas, um corte na boca e um dente quebrado.