A liderança que Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, exerce no PCC (Primeiro Comando da Capital) está sendo contestada por alguns membros da cúpula da facção criminosa.

A profundidade do racha na organização ainda não está clara, mas já está motivando assassinatos de criminosos leais a diferentes líderes do grupo fora dos presídios.

Ao menos dois casos foram registrados e autoridades de segurança de todo o país estão em alerta para uma possível escalada da violência entre criminosos dentro e fora das prisões.

Policiais que integram o serviço de inteligência do Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, e fontes do Judiciário confirmaram à reportagem a disputa pelo poder na facção.

Segundo eles, tudo começou após o vazamento de uma gravação de áudio em que Marcola debocha de um de seus principais “generais” – Roberto Soriano, o “Tiriça”, número dois na hierarquia da facção.

A conversa teria sido gravada com autorização judicial, mas, sem o conhecimento de Marcola, e repassada amplamente dentro do primeiro escalão da organização criminosa.