O fundo eleitoral destinado às eleições de 2024 tornou-se o centro de intensas discussões durante a votação do Orçamento 2024, concluída na última sexta-feira (22).

O montante aprovado, que atinge a marca significativa de R$ 4,9 bilhões, ultrapassa mais que o dobro do fundo de 2020, que foi fixado em R$ 2 bilhões, e equipara-se ao financiamento das eleições presidenciais de 2022.

A proposta, contida no relatório do projeto, encontrou apoio surpreendente, unindo o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), ambas legendas que se declararam adversárias. Ambos os partidos defenderam de maneira enfática o valor proposto, destacando a importância do financiamento robusto para garantir a democracia e o processo eleitoral.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), expressou sua posição em favor de manter o valor equivalente ao fundo eleitoral de 2020, corrigido pela inflação. Ele comprometeu-se a realizar ajustes em 2024, caso o Legislativo aceitasse um destaque apresentado pelo Partido Novo, que visava reduzir o montante para aproximadamente R$ 900 milhões.

No entanto, o destaque proposto pelo Partido Novo foi rejeitado. As maiores bancadas do Congresso, representadas pelo PT e PL, optaram por manter o fundo eleitoral mais elevado, sinalizando suas estratégias para as eleições de 2024.