Nesta quarta-feira, 03, diversos prédios administrativos da Prefeitura de São Luís enfrentaram um problema inusitado: a interrupção no fornecimento de água. A causa apontada é o corte promovido pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), motivada pela inadimplência nos pagamentos.

A notificação foi feita pelo presidente da Caema, Marco Aurélio Freitas, que confirmou a medida e indicou que a situação pode se estender a outros órgãos públicos municipais. “Está em corte o fornecimento de alguns prédios administrativos. Hoje foram alguns. Amanhã terão outros”, afirmou Freitas.

De acordo com o diretor da Caema, a companhia buscou negociar um acordo com a Prefeitura ao longo de dez meses, mas não obteve sucesso. O montante em débito atinge a expressiva marca de R$ 170 milhões, entretanto, a proposta de acordo apresentada pela Caema era de pagamento parcelado de apenas R$ 36 milhões.

“Há 10 meses estávamos negociando com a Prefeitura e, infelizmente, não assinamos o acordo. Olhe a vantagem: encontro de contas das dívidas de ambas as partes, depois se chegou ao valor da dívida. Em cima desse valor foi retirado juros e multa, depois um desconto de 70%, o saldo parcelado em 12 vezes com entrada de 10%. Arredondando, a Prefeitura teria que pagar 36 milhões”, explicou o presidente da Caema.

Até o momento, a Prefeitura de São Luís não se pronunciou sobre o assunto.