Nesta quarta-feira (27), a empresa sul-coreana INNOSPACE realizou um lançamento de teste básico, marcando mais um passo no avanço da indústria espacial privada. No entanto, enquanto países como China, Estados Unidos e membros da União Europeia transmitem seus lançamentos ao vivo, no Brasil esse tipo de evento ocorre longe dos olhos do público.

Com quatro lançamentos planejados para 2025, a INNOSPACE se junta a outras empresas estrangeiras que demonstram interesse pelo potencial de Alcântara. Contudo, nem a empresa sul-coreana, nem qualquer outra companhia que atue no Brasil, tem permissão para transmitir seus lançamentos ao vivo.

A justificativa oficial para essa proibição não é clara, mas especialistas apontam a falta de uma política pública definida sobre a divulgação de atividades espaciais no país. Enquanto isso, países como a China, conhecida por seu controle rigoroso sobre informações estratégicas, permitem transmissões de seus lançamentos, desde que previamente planejadas.

O programa espacial brasileiro, já prejudicado por falta de investimentos e problemas administrativos, corre o risco de afastar o interesse da sociedade ao impedir que eventos dessa magnitude sejam acompanhados em tempo real.

A ausência de transmissões também prejudica a popularização da ciência e da tecnologia no Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa, canais especializados e até mesmo a NASA fazem cobertura ao vivo de lançamentos, despertando o interesse de jovens e fomentando a educação científica.