Desde a semana passada, autoridades maranhenses investigam uma movimentação financeira suspeita envolvendo Guilherme Ferreira Teixeira, conhecido como Guilherme Bucho, ex-assessor do prefeito de São Luís, e o ex-deputado Carlos Braide, pai do atual prefeito.

A investigação foi desencadeada após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) detectar um depósito atípico de R$ 350 mil feito por Bucho na conta de Carlos Braide, o que levantou suspeitas sobre a origem dos recursos.

Embora a polícia tenha se recusado a comentar o caso oficialmente, detalhes das investigações preliminares sugerem uma conexão entre o depósito e um pré-contrato de compra e venda de um apartamento, assinado por Guilherme Bucho e Carlos Braide.

O delegado Augusto Barros, titular da Superintendência de Investigação Criminal (SEIC), já havia mencionado essa negociação em entrevistas anteriores. Além disso, o blog do jornalista Domingos Costa revelou que Bucho morava em um apartamento registrado no nome de Carlos Braide, intensificando as suspeitas.

A linha de investigação sugere que os recursos encontrados no Clio vermelho de Bucho, que continha mais de R$ 1,1 milhão, possam estar ligados a esquemas de corrupção no serviço público, dado que a movimentação financeira de Bucho é incompatível com seus rendimentos declarados na Assembleia Legislativa, onde recebia um salário líquido de apenas R$ 3.640,00.