A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir sua investigação sobre o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, em relação ao suposto desvio de emendas do Orçamento para obras no Maranhão em 2022.

O depoimento do ministro à PF está marcado para 10 de maio, enquanto a investigação se concentra em suspeitas envolvendo pavimentação de estradas, indicações de pagamentos a terceiros e contratos com empresas, incluindo a Arco Construções.

A prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União Brasil), irmã de Juscelino, também é investigada no caso.

As suspeitas da PF envolvem possíveis crimes como fraude em licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva.

As investigações sugerem ligações do ministro com Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador, detido por suspeita de suborno para obter contratos na região.

A empresa ligada a Eduardo, a Construservice, executou obras em Vitorino Freire, criando suspeitas sobre a ligação do ministro com os empreendimentos.

Juscelino, por meio de seus advogados, afirmou estar à disposição das autoridades e destacou a legitimidade das emendas parlamentares. Sua defesa nega irregularidades e enfatiza sua cooperação com as investigações.

A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal acompanham de perto o desenrolar do caso.

Durante o processo, surgiram evidências de que Juscelino destinou R$ 7,5 milhões para obras de pavimentação em Vitorino Freire (MA), parte dos quais poderiam beneficiar propriedades de sua família.

A operação da PF bloqueou R$ 835 mil do patrimônio do ministro.