Greve dos rodoviários na Grande Ilha de São Luís completa segundo dia
Enquanto isso, a categoria busca garantir todos esses direitos e afirma que o movimento grevista ocorrerá por tempo indeterminado
Por Antônio Padilha
De O Jogo do Poder, em São Luís
Publicado em
07
de
fevereiro
de
2024
Atualizada em
07/02/2024 : 11h02
Os rodoviários da Grande Ilha de São Luís entraram no segundo dia de greve nesta quarta-feira, 07, após uma audiência de mediação entre a categoria e empresários ter terminado sem acordo na tarde da última terça-feira, 06, na sede do Ministério Público do Trabalho do Maranhão, em São Luís.
Durante a audiência, diversas propostas foram debatidas, com alguns avanços notáveis, especialmente em relação aos percentuais de reajuste nos salários e no ticket alimentação. No entanto, nenhum acordo foi alcançado.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, afirmou que os empresários e os representantes da MOB (Agência de Mobilidade Urbana) e SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) ficaram de apresentar uma proposta concreta nas próximas horas para atender às reivindicações da categoria.
Apesar da continuidade da greve de ônibus na Região Metropolitana, o Sindicato dos Rodoviários garantiu que nesta quarta-feira, 07, será cumprida a determinação judicial de circulação de 50% da frota. Os rodoviários devem se reunir ainda pela manhã para discutir o retorno de metade da frota.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) afirmou que a paralisação acontece após o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) oferecer uma contraproposta que incluía a redução do valor do ticket alimentação, não garantir a manutenção do plano de saúde e não oferecer qualquer percentual de reajuste nos salários. Enquanto isso, a categoria busca garantir todos esses direitos e afirma que o movimento grevista ocorrerá por tempo indeterminado.
Na segunda-feira, 05, o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), determinou que 50% da frota dos coletivos circulasse na Ilha de São Luís durante o período da paralisação. Em caso de descumprimento, será aplicada uma multa diária no valor de R$ 30 mil ao STTREMA.