Em entrevista a jornalistas na tarde de hoje, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou contra o fim da regra que isenta transações internacionais avaliadas em até US$ 50 feitas entre pessoas físicas.

A intenção da equipe econômica, inicialmente, era taxar as compras internacionais. O anúncio, no entanto, sofreu forte rejeição, o que acabou preocupando o presidente Lula que após a repercussão negativa nas redes sociais da proposta pressionou pelo recuo em uma reunião com Haddad.

O Ministro da Fazenda chegou a defender a medida, afirmando que não se tratava do aumento de impostos, mas de combate à sonegação. Ele sustentava a tese de que, como os varejistas nacionais pagam impostos e geram emprego no Brasil, há desequilíbrio no mercado e concorrência desleal.

Apesar do recuo, Haddad afirmou que a isenção é apenas para transações entre pessoas físicas. Segundo ele, o governo vai buscar medidas para que empresas sejam impedidas de usar brechas e receber o benefício. “Vamos ver do ponto de vista prático como coibir essa irregularidade”, declarou.