O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, determinou que informações sobre fugas de presídios no Brasil em 2023 fossem classificadas como sigilosas por um período de cinco anos. A decisão gerou polêmica, com críticos questionando a transparência do governo.

Segundo justificativa da pasta, os dados são considerados de caráter “reservado” e, portanto, não serão divulgados, mesmo em resposta a pedidos feitos através da Lei de Acesso à Informação (LAI). É importante ressaltar que o Ministério da Justiça e Segurança Pública foi liderado, durante a maior parte do ano, por Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e ex-governador do Maranhão.

A reação não tardou. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não perdeu tempo para alfinetar Lula, classificando-o como o “maior mentiroso da história do Brasil”. Em suas declarações, Bolsonaro insinuou que a decisão de sigilo era mais uma manobra política do governo petista.

“Nada surpreende vindo do maior mentiroso da história do Brasil em sua rotina diária. Claro, que esse sigilo é apenas mais uma cabulosa coincidência!”, disparou Bolsonaro.

É importante recordar que durante a campanha presidencial, Lula prometeu reverter medidas como essa, afirmando que iria revogar o sigilo que Bolsonaro estaria criando para “defender os amigos”.

No entanto, um levantamento recente revelou que o Governo Lula negou praticamente o mesmo número de pedidos de informação que seu antecessor no último ano de gestão. Em 2023, foram negados 1.339 pedidos de informações, apenas sete a mais do que os 1.332 negados pelo Governo Bolsonaro em 2022.