Uma reportagem recente da Folha de São Paulo trouxe à tona uma questão que vem gerando polêmica na capital maranhense: os altos cachês pagos pela Prefeitura de São Luís a artistas nacionais durante os pré-carnavais realizados na cidade.

Segundo a matéria, um dos casos mais emblemáticos é o do renomado DJ e produtor musical Pedro Sampaio, que teria recebido a quantia exorbitante de R$ 390 mil por sua apresentação. O valor chama atenção principalmente quando comparado aos cachês que o músico costuma cobrar em outros eventos, que giram em torno de R$ 100 mil.

Essa discrepância levanta questionamentos sobre os critérios utilizados pela gestão do prefeito Eduardo Braide, que teria quase quadruplicado o cachê de Pedro Sampaio em relação a suas apresentações anteriores.

Outro ponto de destaque na reportagem é o cachê da cantora Joelma, que teria recebido a cifra de R$ 450 mil. Segundo a publicação, esse valor também representa um aumento significativo em relação a apresentações anteriores da artista.

Diante dessas informações, uma representação foi encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), contestando os valores pagos pela Prefeitura de São Luís. A denúncia foi feita pelo professor de música Wesley Sousa Corrêa, que argumenta a falta de um estudo detalhado que justifique os altos preços das atrações contratadas.

Diante das críticas e da representação junto ao TCE-MA, fica em aberto o debate sobre a transparência e a adequação dos gastos públicos em eventos culturais promovidos pela Prefeitura de São Luís, especialmente em um momento de escassez de recursos e de tantas demandas sociais urgentes.