Dois fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Maranhão foram condenados pelo Ministério Público Federal (MPF) na Justiça Federal por cobrar vantagens indevidas de pelo menos R$ 11 mil de particulares.

A condenação se deu devido à exigência de propinas para liberar irregularmente cargas de madeira apreendidas.

As investigações revelaram que os fiscais utilizavam um veículo oficial do Ibama para realizar rondas de rotina em diversas cidades do interior do Maranhão.

Interceptações telefônicas e gravações de áudio autorizadas pela Justiça mostraram os fiscais exigindo dinheiro dos particulares, sob ameaça de que o prejuízo seria maior caso não pagassem as propinas solicitadas.

A prática ilegal envolveu a liberação de cargas irregulares de madeira, comprometendo a fiscalização ambiental no estado.

Os fiscais foram condenados à perda de suas funções públicas, suspensão dos direitos políticos por quatro anos, proibição de contratar com o Poder Público e perda dos valores acrescidos irregularmente ao patrimônio, além de uma multa correspondente ao valor da propina (R$ 11 mil, a ser dividido entre os dois condenados).

Apesar de ainda caber recurso, ambos já haviam sido demitidos de suas funções ao final de um processo administrativo disciplinar conduzido pelo próprio Ibama.