A Feira do Livro de São Luís, um evento estabelecido por lei na capital maranhense, está envolta em polêmica devido a dois adiamentos consecutivos realizados pelo prefeito Eduardo Braide, do PSD.

Após o primeiro adiamento, o evento foi reprogramado para acontecer entre 13 e 22 de outubro, mas tem gerado preocupação entre escritores de todo o país, que hesitam em confirmar sua participação devido à falta de clareza por parte das autoridades.

Outro ponto sensível é a mobilização necessária para a realização da Feira do Livro. Escolas e leitores estão em espera, sem saber se devem ou não se preparar para o evento, gerando incerteza em torno de um dos eventos literários mais aguardados da região.

As preocupações sobre o adiamento repentino ganharam força quando o deputado estadual Duarte Jr. anunciou uma emenda de R$ 500 mil para financiar a feira. No entanto, segundo a denúncia, Braide estaria dificultando a realização do evento, levantando suspeitas sobre suas intenções.

No ano passado, Braide transferiu a Feira do Livro para um bairro na área Itaqui Bacanga, mas não convidou nenhum escritor renomado, resultando em um evento considerado um fiasco. Agora, os observadores questionam se a falta de confirmação da realização da feira deste ano está relacionada ao receio de distribuição da emenda em forma de vale-livros nas escolas.

A comunidade literária e os cidadãos de São Luís aguardam um esclarecimento oficial por parte de Braide, esperando que o evento possa ocorrer conforme a lei e com o apoio necessário para promover a literatura.