Em meio às articulações para as eleições gerais de 2026, a sucessão na presidência da Câmara Municipal de São Luís já provoca intensos movimentos de bastidores e começa a desenhar o futuro político de parte dos vereadores. O processo sucessório foi iniciado ainda no fim de março, com o vereador Marquinhos (União) se lançando candidato à sucessão de Paulo Victor (PSB), atual presidente da Casa, que deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

Desde então, outros nomes entraram no páreo, como Beto Castro (Avante), atual 2º vice-presidente e favorito até aqui, e Concita Pinto (PSB), experiente articuladora e atual 1ª vice-presidente. Beto já soma o apoio público de cinco parlamentares, incluindo o próprio Paulo Victor, enquanto Marquinhos ainda não recebeu declarações de apoio e enfrenta resistência após declarações polêmicas contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Apesar de a eleição poder ocorrer a qualquer momento de 2025, o clima na Casa já é de disputa aberta, com movimentações entre os blocos partidários e lideranças consolidadas, como Astro de Ogum (PCdoB) e Cléber Filho (MDB), que também passou a sinalizar alinhamento com o grupo de Beto.

Ao mesmo tempo, o Palácio de la Ravardière acompanha discretamente o processo, consciente de que o comando da Câmara será peça-chave no xadrez político de São Luís. Embora Beto Castro lidere neste momento, o jogo está longe de definido, especialmente diante da possibilidade de reconfigurações nos apoios e da força que nomes como Concita Pinto ainda podem demonstrar no decorrer da disputa.