Direção do Hospital da Criança desrespeita o trabalhador e intensifica práticas de assédio moral
Atualmente, a unidade de saúde enfrenta problemas como desabastecimento de medicamentos e materiais, vínculos precários de trabalho, infrações à CLT.
Por Antônio Padilha
De O Jogo do Poder, em São Luís
Publicado em
21
de
junho
de
2023
Atualizada em
21/06/2023 : 11h06
O Hospital da Criança de São Luís está no centro de uma nova polêmica após denúncias envolvendo a gestão interna da instituição. Na noite dessa terça-feira, 20, mensagens intimidadoras começaram a circular nos grupos de WhatsApp do hospital, revelando supostas ameaças de punição por parte do setor de Recursos Humanos e da direção local.
De acordo com os relatos dos trabalhadores afetados, a administração do hospital estaria pressionando os funcionários a chegarem no horário determinado e registrarem o ponto eletrônico corretamente. No entanto, muitos colaboradores enfrentam dificuldades para cumprir essas exigências, o que levanta a questão sobre a necessidade de uma análise criteriosa das necessidades de profissionais por setor antes de implementar medidas punitivas.
Os funcionários alegam que, antes de controlar o ponto eletrônico, o Hospital da Criança deveria realizar uma avaliação minuciosa de suas necessidades, além de promover um processo seletivo que garanta dignidade aos trabalhadores, respeitando a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
A regularização do estoque de medicamentos e materiais hospitalares, bem como a melhoria das condições de trabalho, são apontadas como prioridades antes de qualquer medida relacionada ao controle de ponto e às punições previstas no regulamento interno.
Atualmente, a unidade de saúde enfrenta problemas como desabastecimento de medicamentos e materiais, vínculos precários de trabalho, infrações à CLT (como o não pagamento de férias, 13º salário, insalubridade, vale-transporte e horas extras) e infraestrutura física, hidráulica e elétrica precárias. As denúncias também envolvem casos de assédio moral, além de uma obra de reforma e ampliação que se arrasta há 12 anos, atravessando a gestão de três prefeitos.
Esses fatos mencionados têm impactado negativamente os trabalhadores, resultando em adoecimento, faltas, sobrecarga de trabalho e até mesmo o abandono de emprego por parte de alguns funcionários.
É imprescindível que as denúncias sejam devidamente apuradas e que medidas efetivas sejam tomadas para garantir um ambiente de trabalho digno e seguro no Hospital da Criança.