A Polícia Federal solicitou à Interpol a inclusão do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, mecanismo internacional usado para localizar e prender foragidos.

A medida foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da parlamentar.

Zambelli deixou o Brasil logo após ser condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, por crimes contra o Estado democrático de Direito, em ação ligada à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), executada com o hacker Walter Delgatti Neto.

Além da difusão na Interpol, Moraes determinou o bloqueio do passaporte da deputada e que a Polícia Federal atue para localizar seu paradeiro e viabilizar a extradição.

Em nota, Zambelli criticou a decisão, chamando-a de “ilegal, inconstitucional e autoritária”, alegando que um único ministro não poderia ordenar sua prisão.

O ministro, por sua vez, afirmou que a fuga da parlamentar representa uma tentativa deliberada de frustrar a ação da Justiça brasileira e reforçou o risco de obstrução das investigações.