As declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra os deputados federais do Maranhão, Josimar Maranhãozinho e Pastor Gildenemyr, continuam gerando repercussão no cenário político.

Durante uma entrevista à Rádio Online AuriVerde Brasil, nesta quinta-feira (17), Bolsonaro chamou os parlamentares de “bandidos, corruptos e marginais”, criticando sua permanência no Partido Liberal (PL).

A fala veio após o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, afirmar ao jornal O Globo que “não existem bolsonaristas” no estado.

Bolsonaro demonstrou insatisfação com Valdemar e ressaltou que, embora seja apenas o presidente de honra do PL, não aceita que o partido mantenha parlamentares envolvidos em escândalos de corrupção.

O ex-presidente relembrou uma operação de busca e apreensão nas casas de Maranhãozinho e Pastor Gildenemyr, ocorrida semanas antes, em Imperatriz (MA), como exemplo do que considera inaceitável para o PL.

Ele enfatizou que, para o partido se diferenciar, seria necessário expulsar os dois parlamentares. “Ou expulsa esses dois […] pegos em corrupção, ou fica difícil falar que o PL é um partido diferente”, declarou Bolsonaro, reiterando também sua intenção de ser candidato nas eleições de 2026.

As declarações provocaram ainda mais tensão entre Bolsonaro e Valdemar, deixando a liderança do PL diante de um impasse sobre a gestão da crise interna.