O governo da Argentina anunciou medidas visando estabilizar sua economia e conter a escalada da inflação. A principal delas é o congelamento dos preços dos combustíveis e da taxa de câmbio até o dia 31 de outubro.

Após recentes ações, como a redução do valor oficial do peso em 22% e o aumento da taxa de juros em 21 pontos percentuais, chegando a 118% ao ano, o governo argentino acredita que essa nova medida busca trazer um período de trégua econômica e minimizar a volatilidade que vinha impactando a economia do país.

A decisão de congelar os preços dos combustíveis é uma resposta à crescente inflação, que se prevê atingir patamares de dois dígitos já em agosto, segundo projeções do próprio governo. Essa medida abrange os segmentos que operam dentro dos valores oficiais, mas não afeta as cotações paralelas do peso, onde o dólar e outras moedas estão cotados quase o dobro do valor oficial.

Apesar de seis meses consecutivos de desaceleração nos índices inflacionários, a inflação acumulada nos últimos doze meses ainda permanece elevada, alcançando 113,4%. Essa taxa é uma das mais altas em nível global atualmente e reflete um cenário de longo prazo que o governo argentino está buscando equilibrar.

O pacote de medidas é liderado pelo presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner.