Após cobrança do Xeque-Mate, Fernando Braide se “solidariza” com família de criança morta
Depois de subir na tribuna para defender irmão sem citar a família da vítima, Fernando Braide pede desculpas em sessão
Por Antônio Padilha
De O Jogo do Poder, em São Luís
Publicado em
20
de
abril
de
2023
Atualizada em
20/04/2023 : 15h04
O deputado estadual Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito de São Luís, usou a tribuna da Assembleia Legislativa – um dia depois – para se solidarizar com a família da criança indígena de 10 meses, morta após ter atendimento negado no Hospital da Criança.
O mea-culpa aconteceu após o programacast Xeque-Mate – O Jogo do Poder criticar o irmão de Eduardo Braide de não ter sequer citado o caso do Hospital da Criança ao utilizar a Tribuna, na última terça-feira (18), para defender a gestão caótica do familiar.
“Venho hoje aqui me solidarizar com a questão do bebê indígena ontem que veio a falecer aqui na cidade de São Luís. Ele veio de Nova Olinda, passou por Zé Doca até chegar aqui em São Luís”, assim iniciou o discurso de Fernando Braide e terminou dizendo a mesma coisa. “Então eu venho hoje aqui, presidente, só para poder me solidarizar tanto com a família do bebê indígena quanto com os profissionais do Hospital da Criança, que são mais de mil”, finalizou.
Um dias antes
Na edição do Xeque-Mate da última terça-feira, os apresentadores Matias Marinho e Pedro de Almeida cobraram uma postura de solidariedade do deputado do clã da Família Braide quanto ao caso.
“Subiu [Fernando] na tribuna da Assembleia para defender [Braide], mas não disse um ‘ai’, sobre o Hospital da Criança. Sabe qual foi a defesa dele? Foi que os deputados não subiram o tom da voz por conta do aumento [salarial] dos professores. Essa foi a defesa do Fernando Braide”, disse o apresentador Pedro de Almeida.
Já Matias Marinho sugeriu que devia ter, no mínimo, um sentimento de solidariedade. “Sabe o mínimo que ele deveria fazer? Era pedir desculpa à população, e no mínimo se solidarizar com a família que perdeu essa bebê de 10 meses”, disse o jornalista Matias Marinho.
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