O homem acusado de matar um motociclista durante uma discussão no trânsito em Santa Inês será levado a júri popular, conforme decisão da Justiça. O juiz Raphael Leite Guedes, titular da 4ª Vara de Santa Inês, proferiu a sentença de pronúncia levando em consideração as provas testemunhais e circunstanciais apresentadas pelo Ministério Público.

O trágico homicídio envolve Paulo Henrique Cardoso Silva como acusado e Robert Nilo Almeida de Souza como vítima. A data para realização do julgamento ainda não foi definida, e a defesa tem o direito de interpor recursos.

De acordo com a denúncia, os eventos ocorreram em 22 de fevereiro do ano anterior, por volta das 13h, nas proximidades de uma oficina na rua do Pinho. O acusado teria efetuado diversos disparos contra a vítima, atingindo-a nas costas e causando seu falecimento.

O motivo do crime teria sido uma discussão no trânsito, iniciada na esquina da rua Capoeira com a rua Moraes Rego, no bairro Angelim. Após a discussão, Paulo Henrique teria seguido Robert Nilo até o momento em que pôde efetuar os disparos fatais.

Segundo informações apuradas pela polícia, o acusado, que estava em um carro, teria desrespeitado uma preferencial, provocando a reação da vítima, que estava em uma motocicleta. Os ânimos se exaltaram, e o acusado teria seguido o motociclista até o desfecho trágico.

Durante as investigações, foram obtidas imagens de câmeras de segurança que identificaram o veículo utilizado no crime, assim como comprovaram a discussão prévia entre o acusado e a vítima. Além disso, descobriu-se que a placa do veículo era clonada, o que levou os investigadores a refazerem o percurso realizado pelo carro, chegando ao nome de Paulo Henrique Cardoso Silva.

O acusado, que já tinha antecedentes criminais, foi preso na cidade de Anápolis, no Estado de Goiás, em setembro do ano passado. Para o juiz Raphael Leite Guedes, há indícios suficientes da autoria do crime por parte do acusado, respaldados pelos depoimentos colhidos em juízo e pelas diligências realizadas pela polícia.

O desentendimento no trânsito que culminou em tragédia será agora analisado em júri popular, onde a sociedade terá a oportunidade de avaliar os fatos e determinar a responsabilidade pelo ocorrido.