O grande consumo de açucares eleva o risco de desenvolvimento de pedras nos rins. O estudo foi publicado hoje (04) na revista científica Frontiers in Nutrition.

A pesquisa, conduzida pelo urologista Shan Yin, pesquisador da Universidade Médica do Norte de Sichuan, na China, utilizou dados epidemiológicos de 28,3 mil adultos, coletados entre 2007 e 2018, na Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês) dos EUA.

Um estudo publicado na revista científica Frontiers in Nutrition, nesta sexta-feira (4), relaciona o consumo elevado de açúcares adicionados ao aumento do risco Esse é o primeiro estudo a identificar essa relação, que pode ter implicações significativas na saúde pública.

Para a pesquisa, foi estabelecida uma pontuação de índice de alimentação saudável para cada participante. Os pesquisadores levaram em conta frutas, vegetais e grãos integrais e também os alimentos potencialmente prejudiciais, como grãos refinados, sódio e gorduras saturadas.

Além disso, foram ajustadas as chances de essas pessoas desenvolverem pedras nos rins. Foram levados em consideração aspectos como sexo, idade, raça ou etnia, renda relativa, IMC (índice de massa corporal), a pontuação mencionada acima, tabagismo e histórico de diabetes.

A pesquisa mostrou que os participantes com maior consumo de açúcares adicionados apresentaram uma maior prevalência de pedras nos rins.

Pessoas com consumo mais alto de açúcares adicionados tinham 39% mais chances de desenvolver pedras nos rins. Os indivíduos que obtiveram mais de 25% de sua energia total a partir de açúcares adicionados tiveram 88% mais chances do que aqueles que obtiveram menos de 5% de sua energia total dessa fonte.

Açúcares adicionados estão presentes em uma série de alimentos, como nos ultraprocessados como biscoitos, chocolates, refrigerantes, sucos e sorvetes, por exemplo.

Mais pesquisas devem ser desenvolvidas para responder outras questões relacionadas ao assunto.